Fernanda Gonçalves, Presidente da JFSDR refere que os pedidos de apoio crescem diariamente devido aos efeitos da pandemia. “Há sempre alguém que sabe, que tem conhecimento, e que acaba por nos pedir alguma coisa” São sobretudo pedidos de compras, medicamentos ou comida confecionada que chegam pela linha Apoio Sénior, criada para proteger os mais idosos, sobretudo aqueles que, não tendo outro tipo de suporte, teriam mais dificuldade em cumprir as recomendações de isolamento social. “Temos também uma cozinha comunitária com voluntários do Casa e nossos a fazer diariamente cerca de 54 refeições, hoje aumentaram para 56”, acrescenta.
Para além das entregas de compras de alimentos e medicamentos, começam a surgir em número significativo pedidos de Banco Alimentar. Bruno Bernardes, Secretário da JFSDR, atribui este aumento à perda de postos de trabalho devido à pandemia. O que significa que pessoas mais jovens, em idade ativa também estão a entrar nos circuitos de apoio social. “Percebemos que esta linha de apoio sénior seria universal e não podemos negar pedidos que nos são feitos.”
Alguns serviços habituais sofreram alterações, como o apoio psicoterapêutico. “Houve uma quebra do número de consultas. Há pessoas que não conseguem fazer consultas em casa. É complexo por causa de maridos, filhos, não têm como fazê-lo. Umas suspenderam, outras terminaram. Quem permaneceu, tem apoio por Skype.”
A Junta de Freguesia tem a sua estrutura orientada para o apoio às pessoas. Com a maior parte dos funcionários em teletrabalho, alguns são destacados para dar apoio à linha da frente, como por exemplo, a recolha de donativos em alimentos. Portanto, o recurso ao apoio de voluntários é fundamental para conseguir estar em todas as frentes e responder a muitas necessidades. “Estou surpreendida porque todos os dias há pedidos de novos voluntários que querem participar. Neste momento temos 50 mas podíamos ter muito mais. Há sempre alguém que está disponível para tudo.” salienta Feranda Gonçalves.
Estes 50 voluntários estão afetados às compras de alimentos e medicamentos e às entregas ao domicílio. A JF conta ainda com mais 30 voluntários na cozinha comunitária, nas entregas e no apoio às pessoas sem-abrigo que estão alojadas nas escolas.
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