Cascais já dispõe de meios para os mais novos participarem na vida do município. Desta vez são as organizações sociais do concelho que se comprometem em incrementar mecanismos de participação das crianças e jovens e e em criar espaços de discussão pública sobre os seus interesses, expectativas e papéis dos mais novos na sociedade.
As crianças e jovens são os principais destinatários das decisões sobre educação, saúde e emprego mas muitas vezes estão excluídos do processo de decisão. Apesar de terem visões sobre como essas decisões moldam as suas vidas e terem o direito de serem ouvidos e de se envolverem na vida da comunidade.
Esta aposta vai iniciar-se desde a 1ª infância, nas creches da rede solidária: a intervenção pedagógica vai incluir a participação enquanto dimensão essencial dos Direitos da Criança. As iniciativas dirigem-se às crianças, famílias e profissionais da área da infância
Ao longo de vários graus de ensino, a escola será o palco de várias iniciativas de participação. Crianças e jovens vão ter a possibilidade de ter espaços como fórum e plenários , onde vão poder contribuir para a definição de projetos e medidas locais na área da saúde, por exemplo.
As organizações vão estabelecer parcerias com agrupamentos escolares para desenvolver iniciativas de estímulo ao envolvimento dos jovens na comunidade, como experiências de voluntariado e projetos de solidariedade social no contexto das instituições.
Outras parcerias em escolas irão fomentar a realização de sessões temáticas, em que o foco será o diálogo enquanto instrumento transformador e promotor do combate à exclusão
Fora do ambiente da escola, o movimento associativo de jovens terá um papel fundamental na dinamização de iniciativas que vão promover o envolvimento dos jovens em estruturas formais de participação cívica .
Os projetos ligados ao Programa Escolhas vão apostar nas aprendizagens focadas no trabalho colaborativo para que os jovens fiquem munidos de ferramentas que lhes permitam planear e implementar projetos pessoais, associativos e comunitários.
Gerar uma cultura de participação também passa por experimentar outros métodos complementares a espaços de debate ou sessões temáticas. O teatro e as artes performativas
vão ser utilizadas por algumas organizações para tratar temas sensíveis como o abuso ou a exploração sexual, em que os jovens, para além de apresentarem a peça vão ser responsáveis por criar um guião de forma participada com o contributo de outros jovens.
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